_______BLOG DA PERIO_________

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Justificando a indicação de escova interdental para situações especiais

Ferraz (1997) e Brunetti et al. (2007) reconhecem que o controle mecânico dos pacientes com a doença periodontal exige cuidados especiais. Merecem destaque os portadores de perda de inserção periodontal que apresentam sinais e sequelas típicas da periodontite.
Para Axelsson (1991), as variações gengivais e a perda da papila gengival proximal, clinicamente observadas, exigem a inclusão de escovas especiais que facilitam o acesso aos novos contornos dentogengivais. Isso permite a adequada remoção do biofilme dessa região crítica, localizada na união entre o dente e a gengiva remanescente.
Para o autor, as escovas de tufo único e as interdentais (de calibre compatível com o diâmetro do espaço interdental acometido pela perda de inserção) são bastante recomendáveis para o efetivo controle de placa.
Ferraz (1997) alega que as escovas de tufo único devem atingir, os espaços interdentais após tratamento periodontal, os espaços em próteses fixas, os nichos dos terceiros molares, a mesial e a distal de dentes isolados, a distal dos últimos molares e as áreas de apinhamento dental. Ao mesmo tempo, o autor salienta que essa é uma escova que atende – com qualidade – as necessidades de controle mecânico de todo e qualquer paciente que a utilize com regularidade.
O movimento da escova de tufo único ou unitufo deve seguir o contorno da região crítica (área dental junto à margem gengival ou entorno das estruturas que se deseja limpar) de forma que a porção mais afilada das cerdas promova a devida fricção na região de limpeza. Na maioria das vezes o paciente necessita de dois a três movimentos – ida e volta – que atenderiam a necessidade de remoção mecânica do biofilme dentário – para cada face de cada elemento dentário.
As escovas interdentais são, na concepção de Axelsson (1991), recursos fundamentais à promoção de saúde de todo e qualquer paciente que não disponha de papila gengival preenchendo o espaço interdentário ou que consiga manuseá-la pela abertura proximal.
Com o advento dos aperfeiçoamentos técnicos e científicos desses recursos torna-se possível prescrever a interdental para todo e qualquer paciente com espaço acessível a esse recurso.
Brunetti et al. (2007) salientam a enorme superioridade do controle mecânico obtido com esse recurso para o espaço proximal, devido a capacidade de acesso às zonas de concavidades proximais e a possibilidade de associação com outros recursos de apoio à higiene – como os dentifrícios e as soluções antissépticas. A facilidade de manuseio e a enorme variedade de diâmetros disponibilizados para as escovas interdentais ampliam a sua utilização, além do cotidiano do paciente periodontal. Atualmente a escova interdental é recurso corriqueiro na indicação profissional voltada a um perfil mais atualizado do controle mecânico.

Prof. Nelson Mistura

sábado, 22 de maio de 2010

Aplicação do Microscópio na Periodontia

A micro cirurgia periodontal se refere a um refinamento das técnicas cirúrgicas que poderiam ser melhoradas com o auxílio de um instrumento de magnificação.
As vantagens do emprego desta técnica seriam :
- Aumento da precisão das incisões, diminuindo o trauma cirúrgico e consequentemente contribuindo para uma reparação mais rápida.
- Maior precisão no reposicionamento dos tecidos com o auxílio de agulhas e suturas mais delicadas.
- Melhora na visualização das superfícies radiculares que permite melhor eficácia na raspagem e alisamento radicular.

Mas a pergunta é: Qual o real benefício do uso do microscópio na realização de uma técnica cirúrgica periodontal?

Do ponto de vista científico não existe nenhum estudo longitudinal de caso-controle que aponte melhores resultados histológicos ou no ganho clínico de inserção periodontal. É evidente que fotograficamente não há a menor dúvida de que o microscópio mostra resultados mais bonitos que o convencional, entretanto se o uso deste fosse fundamental para o sucesso dos enxertos em periodontia não teríamos conseguido resultados tão expressivos mostrados pelos trabalhos científicos desde a década de 50.
A questão do "Marketing" pessoal deve ser considerada pois isto poderia até distinguir perante a comunidade, um periodontista de outro. Porém o investimento é alto tanto no tempo de aprendizado, quanto no próprio equipamento.
Desta forma mais estudos serão necessários para avaliarmos melhor o benefício real para o paciente.
fonte : Pustiglione et al 2003
Profa. Claudia R. Torres.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dica monitor!!! Bruna Soares

Galera para quem pensa em prestar concurso público ai vão umas questões de periodontia como dicas:

Preencha a lacuna abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta. Em pacientes jovens, com dentição mista e dentes que não estão completamente erupcionados, a triagem para identificar a periodontite é feita utilizando-se ___________________. Em pacientes de 7-9anos, as distâncias entre a junção cemento-esmalte e o nível da margem óssea são consideradas normais abaixo de ___ mm. Se a medida e

a) sondagem / 4.

b) radiografias interproximais / 4.
c) radiografias interproximais / 3.
d) radiografias interproximais


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Dentre as técnicas cirúrgicas periodontais, os procedimentos com retalhos apresentam, sobre os com gengivectomia, a vantagem de :

a) remover grandes quantidades de tecido gengival sadio.
b) acessar somente as bolsas acima da linha mucogengival.
c) possibilitar o tratamento de lesões infraósseas.
d) não acessar a região de furca.
e) não expor a margem do osso alveolar.

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As bactérias Actinobacillus actinomycetecomitans, Lactobacillus casei e Streptococcus mutans são associadas, respectivamente, a
(A) periodontite, progressão da doença carie e início da doença cárie.
(B) periodontite, início da doença cárie e progressão da doença cárie.
(C) progressão da doença cárie, periodontite e início da doença cárie.
(D) inicio da doença cárie, periodontite e progressão da doença cárie.
(E) inicio da doença cárie, progressão da doença cárie e periodontite.

Estas questoes eu peguei da Prova Odontologia VUNESP - PSF Santa Marcelina 2009
Quem quiser o gabarito me manda um email que eu passo: bruna_soares8@hotmail.com

Abraços a todos.

Doença Periodontal e Complicações da Gravidez

A gengivite e a periodontite nas gestantes podem ser um fator de risco para o nascimento prematuro. Bebês prematuros apresentam risco aumentado de mortalidade após o nascimento, além do que aqueles que sobrevivem ao período neonatal apresentam risco maior de problemas de desenvolvimento neurológicos, respiratórios, comportamentais, metabólicos e cardiovasculares. A falta de higiene bucal adequada pode levar ao acúmulo de bactérias periodontais na forma de biofilme bacteriano. Bactérias e seus fatores de virulência podem entrar na corrente sangüínea e desencadear respostas inflamatórias sistêmicas. Teorizou-se que bactérias e mediadores inflamatórios provenientes da periodontite poderiam localizar-se na unidade feto-placentária e exercer um efeito negativo. Para corroborar essa teoria, estudos com roedores mostraram que a doença periodontal induzida leva a fetos menores. A maioria dos estudos epidemiológicos de doença periodontal e resultados adversos da gravidez mostra uma associação entre doença periodontal e complicações da gravidez. Estudos longitudinais demonstraram que a doença periodontal precede as complicações da gravidez, um achado que é consistente com, mas não prova, a causalidade. A exposição fetal às bactérias bucais da mãe, conforme determinado pela presença da resposta de IgM fetal aos patógenos periodontais, resulta em um risco relativo maior de nascimento prematuro. Pensa-se que uma resposta inflamatória localizada na interface feto-placentária possa causar destruição tecidual e, por fim, prejudicar o desenvolvimento fetal.

REf: Bobetsis Y, Barros S, Offenbacher S. Exploring the relationship between periodontal disease and pregnancy complications.
JADA 2006;137(Suppl):7S-13S.
Prof. Nilson Armentano

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Houve mudança na prevalência de Periodontite nos últimos 30 anos ?


Prevalência de Periodontite nos últimos 30 anos.

Um estudo de revisão de literatura feito por Hugoson e Norderyd (J Clin Periodontol 2008; 35 (Suppl. 8): 338–345.) tentou avaliar a prevalência das periodontites nos últimos 30 anos.
Apesar dos poucos estudos epidemiológicos existentes os autores apontam para uma diminuicão na Prevalëncia das Periodontites na Europa e E.U.A.

Os grupos representados nos gráficos acima, significam: Grupo 1 indivíduos saudáveis, sem doença periodontal.
Grupo 2 individuos com gengivite e
Grupos 3, 4 e 5 os diferentes graus de periodontite, inicial , moderada e avançada; respectivamente.

Observe a evolução no decorrer das décadas.

Esses dados nos levam a algumas reflexões...

Prof. Ricardo Schmitutz Jahn